A
Nova Era Planetária
Gostaria de falar-lhes hoje sobre um tema que esteve, e está envolvido,
em certo mistério na maioria dos grupos esotéricos e espiritualistas: a assim
chamada “Nova Era Planetária”.
Afinal, o que vem a ser “Nova Era”?
Acredito que cada pessoa tenha uma visão muito própria sobre o que
poderia ser “Nova Era”. Limitar-me-ei a encarar esse tema sob a ótica do que
ele representa para o grupo de seres do qual faço parte, incluindo tanto seres
desencarnados (espíritos livres) quanto aqueles encarnados (almas ligadas a um
corpo de terceira dimensão).
Para essa escola espiritual à qual eu pertenço, a
de Elias do antigo testamento, “Nova Era”
significa o período seguinte à era da aprendizagem pelo sofrimento.
Boa parte de vocês que estão lendo este texto viveram sob a égide da
“Era de Peixes”, termo muito utilizado pelos astrólogos, e também por alguns
espíritos que trabalham com as Ciências ditas Naturais. A era de Peixes foi
bastante significativa para a humanidade deste planeta.
A maior parte desta
humanidade encontrava-se, então, em condições tais de desenvolvimento
intelectual e moral, bem como com tamanho quociente de dívidas contraídas, em
decorrência do mau uso de seu livre arbítrio, que tornava imperioso o uso do
sofrimento, tanto moral como físico, como via de acesso a níveis de consciência
mais elevados.
O recurso do sofrimento
como ferramenta para a evolução espiritual é como uma dura lição a ser aplicada
a crianças rebeldes, ou, usando outra analogia, como as penalidades dos Códigos
Penais da Terra aplicadas aos criminosos condenados por atos prejudiciais à
ordem social. Diante de uma multidão de seres repetentes no aprendizado e bom
uso das regras do Código de Direito Cósmico, os recursos de que a Espiritualidade
Maior dispõe para a educação geral da população impõem, quase sempre, certa
dose de sofrimento.
Assim transcorreu a “Era de Peixes”, em
meio a dolorosas penalidades fruto do mau comportamento geral.
Todo planeta possui seu próprio processo de desenvolvimento, geralmente
através de passagens por ciclos evolutivos que, sistematicamente possibilitam
aos astros elevar-se em um ou mais níveis vibracionais de energia, de tal sorte
que, se estivéssemos observando tal processo de desenvolvimento veríamos uma
espiral ascendente, onde as partes mais baixas representam ciclos ocorridos em
zonas de baixa frequência, o oposto ocorrendo nas partes mais elevadas da
espiral.
Nosso amado Planeta Terra, chamado por nós de “O Planeta Azul”,
situa-se, na atualidade, em níveis inferiores de média energia. Vivenciamos,
exatamente, o período de passagem de
um nível de energia médio inferior para outro nível de energia, ainda
considerado inferior, porém aproximando-se, rapidamente, da situação de um
astro de média frequência vibratória.
Nessa nova fase, que alguns costumam chamar de “Nova Era Planetária”, o nível médio de consciência da humanidade
terrestre aproximar-se-ia da condição de superação do sofrimento,
podendo-se vislumbrar o caminho da Maestria, ou, como muitos apreciam dizer, a
“Superação do Ego”, situação em que inexistem aprisionamentos significativos,
facilitando o acesso da “Nova Humanidade”
à condição de experimentação da felicidade.
Na realidade, meus leitores, somos
tanto mais felizes quanto mais desapegados da materialidade; afinal, nossa
verdadeira essência é imaterial, sendo, portanto, eterna. Necessitamos passar
pela experiência da matéria para aprender a utilizar adequadamente o livre
arbítrio com o qual fomos dotados, porém a felicidade verdadeira somente terá
lugar quando, fazendo o caminho de retorno à casa do Pai, caminharmos pela
espiral ascendente da desmaterialização. Lembro do Bem Amado Mestre Buda
(Sidarta Gautama), que ensinou à nossa humanidade a importante lição do
Desapego para escapar do jugo do sofrimento.
Dessa
forma, para o grupo espiritual ao qual pertenço, a “Nova Era” do Planeta Terra representará o início da extinção do
sofrimento e, por conseguinte, a aproximação da verdadeira felicidade, esta
última advinda como fruto do processo natural de desmaterialização deste
respeitável astro.
Aconselho a todos, como fruto da minha própria experiência pessoal, a
utilizarem-se mais sabiamente dos recursos materiais que, eventualmente,
disponham. Antes de adquirirem, por exemplo, um novo produto, perguntem a si
mesmos sobre a efetiva necessidade dessa compra. É muito comum, imersos num
turbilhão de pensamentos, imagens, sons, odores, etc., assumirmos como sendo
nossas as necessidades criadas por outros indivíduos, na maioria das vezes, sem
qualquer relação conosco.
Não somos (a minha escola espiritual) contrários ao bom uso dos recursos
materiais, absolutamente; ao contrário, estimulamos que todos os nossos
companheiros e simpatizantes aprendam a utilizar-se de forma inteligente e
racional dos recursos materiais e econômico-financeiros que a nossa Amada Terra
oferece-nos.
Lembrem-se, contudo, somos,
todos nós, seres imateriais por excelência, e todo vínculo excessivo à matéria
gerará, invariavelmente, sofrimento.
Lembrem-se ainda que TODA matéria é
finita, PERECÍVEL por excelência, o mesmo valendo para os recursos materiais /
recursos naturais deste Planeta Azul; planeta esse que, neste presente momento,
encontra-se no LIMITE ABSOLUTO de sua capacidade de geração de riqueza.
Somente será possível
sair da presente situação de convulsão planetária através de uma mudança de
paradigma, algo que vislumbramos quando boa parte desta humanidade conseguir
atingir um nível tal de expansão da consciência que possibilite o atingimento
de forças motrizes interiores capazes de acessar níveis mais sutis de
compreensão acerca de sua natureza espiritual, bem como da natureza
essencialmente diáfana deste nosso Universo.
Fiquem em Paz.
João
Batista